Serra circular: entenda o que é e para que serve
Uma ferramenta que se destaca no trabalho realizado em serrarias, marcenarias e carpintarias é a serra circular. Idealizada para efetuar diferentes tipos de corte, se diferencia pela utilização em outros tipos de materiais como acrílico, materiais não ferrosos e MDF (placas de serra de madeira prensadas com resina sintética).
Além disso, esse tipo de serra apresenta várias opções de uso e ângulos de corte, o que torna importante ter conhecimento sobre os modelos existentes e as funções às quais se destinam. Por esse motivo, produzimos um artigo com informações relevantes sobre o equipamento. Continue a leitura e saiba qual a melhor opção para sua atividade comercial.
O que é serra circular?
Antes de mais nada é preciso esclarecer que esse modelo de serra se caracteriza pelo formato circular e pelos dentes que envolvem todo o diâmetro da ferramenta. A lâmina tem movimento rotacional e proporciona diferentes tipos de corte em madeiras e outros materiais.
O mercado oferece vários tipos de serra circular, por isso elencamos aqui, alguns dos modelos mais populares: manual, de bancada, esquadrejadeira e meia esquadria. Entenda o funcionamento de cada opção, a seguir:
– Manual: em razão do tamanho compacto é muito utilizada em serrarias e marcenarias. Dependendo do modelo da lâmina (metal duro) pode ser usada em outros materiais, inclusive metais. Por ser portátil requer menos espaço para armazenamento, situação muito útil quando se trabalha com grandes peças de madeira.
– Bancada: produzida nos modelos horizontal e vertical, tem como princípio de funcionamento a movimentação de um pedaço contínuo de metal através de duas rodas, para criar potência de corte. As principais indicações de uso são para os seguintes materiais: tubos, tubulações e objetos curvos.
– Esquadrejadeira: um dos equipamentos fundamentais em marcenaria, as serras esquadrejadeiras possibilitam a realização de cortes retos, inclinados e com ângulos diferenciados. São encontradas em dois modelos, varão e precisão e se destacam por contribuir para um acabamento eficiente do material trabalhado.
– Meia-esquadria: encontradas nas opções manuais, móveis e estacionárias, essas serras se distinguem por oferecerem cortes precisos em diferentes ângulos (de 30° a 90°). Em razão das opções de manuseio são recomendadas para trabalhos em portas, janelas, junção de rodapés, entre outros formatos.
Contudo, para que a serra circular cumpra sua função com qualidade é necessário que o operador saiba identificar algumas informações importantes, entre elas: diâmetro da serra e do flange, número de dentes, qualidade da pastilha, espessura do corte e da chapa, rotação, sentido de giro e corte e o material a ser trabalhado.
Características da serra circular
Em primeiro lugar é importante destacar que as lâminas da serra circular se diferenciam por atenderem necessidades de diferentes materiais. A serra inteiriça é feita com cromo vanadium ou aço carbono, normalmente usada para cortes em madeiras.
Em contrapartida, as serras pastilhadas com metal duro foram desenvolvidas para oferecerem maior resistência no gume dos dentes. Dessa forma se caracteriza por apresentarem cortes mais precisos e com melhor acabamento, nos seguintes materiais: aglomerados, compensados, chapas duras, MDF e produtos termoplásticos.
Para se ter uma ideia das vantagens que o metal duro proporciona, a duração de tempo do gume é de 10 a 20 vezes maior do que outros modelos, tornando-a ideal para manuseio de diferentes materiais.
O que é preciso saber sobre as lâminas?
Conforme explicado anteriormente, as lâminas de serra circular feitas com metal duro oferecem vários diferenciais de uso. Por isso, é necessário ter atenção na escolha do modelo de lâmina, de forma que seja a indicada para o material que será trabalhado.
A primeira verificação é com o passo dos dentes da serra. Em linhas gerais, significa a distância entre dois dentes consecutivos existentes na lâmina. Esse cuidado é necessário pois impactará no tipo de madeira manuseada, velocidade de rotação e alimentação.
Em outras palavras, um passo muito grande aumenta o esforço sobre cada dente, acelerando o desgaste do gume. De maneira oposta, quando o espaço é pequeno a superfície serrada apresenta maior regularidade, apesar de consumir mais energia.
Outro fator que deve ser verificado é a altura do corte já que no caso das serras circulares, se não estiver regulada pode provocar lasqueamento nas bordas da madeira.
Quando a altura da serra estiver muito alta, a aresta superior realiza um corte limpo, enquanto a inferior lasca com mais facilidade. No caso de baixa altura o fenômeno é contrário, ou seja, aresta superior lasca e inferior corta melhor. Por isso, a indicação dos especialistas é que a altura de corte permaneça entre 15 e 30 mm.
Tão importante quanto verificar o passo do dente e altura de corte da serra circular é ter conhecimento sobre a afiação da ferramenta. Uma medida adotada por várias empresas do ramo madeireiro é contar com a própria linha de afiação de serras, de forma a reduzir os custos com manutenção.
Contudo, um erro comum verificado é quando o trabalho é realizado somente no topo, ou apenas no peito da lâmina. O processo correto deve ser realizado nas duas posições da serra, de forma a prolongar a vida útil do equipamento.
Em síntese, a serra circular é uma ferramenta muito útil e que possibilita uma série de trabalhos em madeiras e outros materiais. Por isso, é importante ter conhecimento das particularidades desse equipamento, para obter os melhores resultados na sua empresa.
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