Processo de estelitagem | Fibra do Brasil

Processo de estelitagem: quanto dura uma serra com e sem estelite

Os cuidados preventivos e a manutenção frequente de peças e ferramentas proporcionam maior economia com troca de produtos, durabilidade dos equipamentos e otimização do tempo de trabalho, na linha de produção. Nesse sentido, a estelitagem é um serviço que contribui com a ampliação da vida útil das serras de fita. 

Muitos profissionais conhecem ou já ouviram falar desse método de revestimento, mas, não sabem elencar as principais vantagens ou alguns detalhes mais técnicos. Sendo assim, reunimos informações sobre o assunto, para você, profissional do setor madeireiro.

 

Estelitagem e estelite são a mesma coisa?

Em primeiro lugar é importante esclarecer que o material de revestimento de lâminas de serra para madeira é chamado estelita ou estelite. Em outras palavras, trata-se de uma soldagem que pode utilizar elementos como cobalto, tungstênio cromo e carbono, para reparar ou prevenir problemas nas lâminas das serras. 

Desse modo, podemos esclarecer que estelite é o material de revestimento e o processo de estelitagem é o método empregado para revestir a área de corte da serra fita. O resultado dessa ação de manutenção é proporcionar um alto índice de dureza, mesmo em temperaturas acima de 600ºC, resistência à oxidação e redução da fricção na parte metálica (provoca aquecimento). 

As maiores vantagens desse revestimento são observadas nos cortes de madeiras duras ou espécies que contenham componentes siliciosos, com tendência a gastarem rapidamente o fio do corte de aço. Por outro lado, o uso de lâminas revestidas tem aumentado, pois, contribui para uma melhor superfície de corte. 

 

Qual a função da estelitagem nas serras fitas?

Um dos diferenciais da estelitagem, enquanto procedimento de reparo, é a maior capacidade de absorver energia mecânica. Isso é possível em razão das ligas especiais utilizadas no revestimento, responsáveis por tornar a serra mais resistente a trincamentos no dorso do equipamento ou na garganta do dente. 

A título de exemplificação, um dente de serra com desgaste pronunciado no gume, aumenta o esforço, consumo de energia, gera desvios de corte e rupturas na máquina. 

Outro desgaste que merece atenção e monitoramento é o decorrente da abrasão, ação na qual partículas rígidas passam pela aresta de corte aquecendo a lâmina, podendo provocar trincamento e ruptura dos dentes. 

 

Diferença da vida útil em serras com ou sem estelitagem

Inicialmente é preciso reforçar que a manutenção dos equipamentos de uma fábrica deve ser prioridade para equipe, já que para alcançar eficiência produtiva é fundamental que as máquinas e ferramentas funcionem em perfeitas condições. 

Nesse sentido, o primeiro passo a ser tomado, caso as serras fitas apresentem problemas, é interromper a produção, substituir a peça e diagnosticar o problema observado na área de corte. 

Uma sugestão para equipe responsável é criar um documento de banco de dados, a fim de anotar todas as operações realizadas com uma determinada serra, desde a primeira vez de uso.

Desse modo, a ferramenta é identificada com um código específico e no arquivo, serão identificadas quaisquer alterações de trincamento na garganta ou no dente da lâmina. Esse procedimento é a primeira forma de avaliar o tempo útil da serra, quantidade de avarias e tempo de uso após revestimentos e reparos. 

A durabilidade de uma lâmina que recebeu o processo de estelitagem vai depender dos materiais manuseados, densidade e cuidados preventivos. Contudo, a média é de pelo menos 30% mais tempo de uso que uma serra sem estelite. 

A justificativa é que ao revestir os dentes da lâmina, o período de afiação será ampliado, pois, a cobertura protege a área de corte do desgaste com madeiras duras e abrasivas. Do mesmo modo, em madeiras macias, as serras estelitadas oferecem uma melhor superfície de corte. 

Por último, mas não menos importante, seja criterioso com a manutenção da serra fita e defina uma periodicidade regular de avaliação. De modo a contribuir com esses cuidados, elencamos sugestões de ações preventivas, confira: 

  • Limpeza e exame visual;
  • Identificação de fendas e dentes danificados;
  • Reparo das fendas e dentes danificados;
  • Soldagem de lâminas partidas;
  • Nivelamento;
  • Refazer o tensionamento;
  • Verificação do empenamento;
  • Endireitamento;
  • Travamento ou recalque.

O exame regular da lâmina torna possível constatar defeitos logo que apareçam, permitindo o reparo e prolongando a vida da lâmina.

Em resumo, o processo de estiletagem em lâminas de serra fita é uma das melhores técnicas para proteger a área de corte e aumentar a vida útil da ferramenta. Considerando as vantagens desse equipamento, os cuidados preventivos serão fundamentais para economia de custos com consertos ou substituições. 

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