Principais características do metal duro: saiba quais são!
Um dos setores mais beneficiados com o surgimento das ferramentas produzidas com metal duro foi o industrial. As características como dureza e resistência ao desgaste, levaram os profissionais a chamarem o material feito com carboneto de tungstênio de widia, palavra alemã que na tradução literal significa ‘como o diamante’.
A importância do produto pode ser observada em diferentes soluções da indústria de transformação. Para se ter uma ideia da qualidade, a vida útil de equipamentos produzidos com esse material é 200% maior do que os convencionais. Por esse motivo, trouxemos um artigo para elencar as características e os benefícios do metal duro. Continue conosco.
Quais os diferenciais do metal duro?
Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o metal duro é produzido a partir de partículas de carboneto de tungstênio e uma matriz metálica, em geral, o Cobalto. O processo que permite a produção é chamado de sinterização, onde é realizada a mistura dos elementos, seguida de compactação e aquecimento.
O resultado é um material com elevado grau de dureza, tenacidade e resistência à fratura e desgaste. Por esse motivo, é utilizado para produção de ferramentas de corte industrial, matrizes de compactação e brocas para a perfuração de poços de óleo e gás.
Um exemplo da eficiência de peças feitas com metal duro é observado na indústria madeireira. O uso do material na linha de produção oferece: qualidade, menor custo e produtividade no processamento. No entanto, para atingir a melhor eficiência de corte, é necessário ter conhecimento das escalas de dureza indicadas para diferentes tipos de madeira.
Outros diferenciais apresentados pelo material são: ampla variedade de tipos de metal duro (adição de elementos de liga), resistência às altas temperaturas (cerca de 1000°C), mesma dureza que o aço rápido em temperatura ambiente e aumento na vida útil das ferramentas na ordem de 200% a 400%.
Aplicações no setor industrial
É válido reforçar que, as aplicações do metal duro, são diversas, já que as características do produto possibilitam manuseio de diferentes materiais. A título de informação, elencamos algumas que mais se destacam, confira:
Automóveis — o setor automotivo utiliza o metal duro para extrusão de eletrodo de velas, insertos para furação de lona de freio, brochas para acabamento de bronzinas, entre outras aplicações.
Embalagens — o metal duro é empregado na produção de ferramentas que realizam corte e modelagem de embalagens metálicas, ou ainda, em facas, discos de corte e vinco, utilizados na indústria de papelão.
Madeiras — possibilita a produção de ferramentas de corte e beneficiamento, entre elas: serras circulares, fresas, cabeçotes, brocas e facas. As aplicações mais comuns são para processamento de madeira, compensados, MDF, MDP e HDF.
Siderurgia — para o setor siderúrgico, os produtos elaborados com o metal são: rolos de laminação, fieiras de trefilação, roletes de guia, fabricação de pregos e arames, entre outros.
Setor alimentício — é aproveitado na produção de moinhos e trituradores que processam matérias-primas como açaí, palma e cacau.
Tintas — o uso do metal duro é verificado em materiais como pinos de agitação, bicos de atomização, palhetas de misturadores etc.
Classificações do metal duro
Em razão da funcionalidade do metal duro, é relevante destacar que, o produto é subdividido em classes de acordo com composição química do material da ferramenta. A norma que orienta as diferenciações é a ISO 513 (2004), responsável pela classificação e aplicação desse tipo de metal para usinagem e a denominação dos principais grupos e da aplicação indicada.
Desse modo, elencamos as características dos grupos de metal duro:
– Grupo P: empregado para usinagem de aço com cavacos longos, se caracteriza pela alta resistência ao calo e pelo baixo desgaste abrasivo.
– Grupo M: esse tipo de material tem média resistência ao calor e abrasão, por isso é indicado para aços resistentes a altas temperaturas, aço inoxidável e aço resistente à corrosão.
– Grupo K: o material desse grupo apresenta pouca resistência ao calor e alta resistência ao desgaste. É recomendado para usinagem de produtos com cavacos curtos, metais não ferrosos e não metálicos.
Como você pode observar, o metal duro se destaca pela qualidade e opções de uso. Desde que foi criado, em meados da década de 1920, o material foi aperfeiçoado para atender uma série de processos realizados na indústria de transformação.
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