Metal duro e widea

Metal duro e widea são o mesmo produto?

O metal duro foi uma das revoluções mais relevantes da indústria ao proporcionar a confecção de diversos tipos de ferramentas, com maior resistência e precisão de corte. Desenvolvido no início da década de 1920, o material conta com mais duas nomenclaturas bastante conhecidas, a vídia ou widea.

É preciso esclarecer que os termos são uma referência feita pelo criador do produto, Karl Schröter, que comparou a propriedade de dureza a do diamante (wie diamante = como o diamante). Desse modo, por reunir características tão positivas e uma diversidade de aplicações, reunimos nesse artigo, detalhes sobre o metal. Acompanhe o texto e fique bem-informado.

Metal duro e widea são o mesmo material?

Em primeiro lugar, é importante explicar que o metal duro é um material desenvolvido em laboratório a partir da preparação do carboneto de tungstênio em pó misturado com cobalto. A invenção foi criada pelo alemão, Karl Schröter, em 1926 e foi a segunda maior inovação industrial depois da descoberta do aço-rápido. 

As ferramentas produzidas com o metal se destacaram pela dureza e resistência ao desgaste, e por esse motivo, o material foi chamado de “widia”. A denominação é feita em razão da característica semelhante à do diamante, em termos de rigidez. Outro benefício importante do metal duro foi aumentar a velocidade de corte dos equipamentos que passaram de 35 m/minuto para 250 a 300 m/minuto.

Vale destacar que a técnica para obtenção desse tipo de material é feita pela metalurgia do pó, que transforma pós de metais, ligas metálicas e substâncias não-metálicas em peças resistentes, sem uso de alta temperatura. O processo empregado é a combinação de pressão e calor e a ação de aquecimento é chamada de sinterização. 

Outro detalhe relevante sobre a história do metal é que o termo widea foi abrasileirado para vídea ou vídia, mas não apresenta nenhuma diferença na constituição do material. Portanto, em algumas regiões esse termo é indicado para se referir ao metal duro. 

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Quais os diferenciais da widea?

Com o aperfeiçoamento do metal, na atualidade podem ser encontradas peças desenvolvidas a partir da liga do carboneto de tungstênio com os seguintes elementos: cobalto, cromo, níquel e titânio. 

A partir do avanço tecnológico a widea tem capacidade para resistir a uma temperatura de até 1000°C, pois, apresenta mesma dureza que o aço rápido em temperatura ambiente. Além disso, a vida útil das ferramentas aumentou na ordem de 200% a 400%. 

No entanto, é oportuno destacar que existe uma classificação para os metais duros, avaliando a resistência ao calor e ao desgaste. Saiba quais são, a seguir:

 

– Grupo P: apresenta alta resistência ao calor e baixo desgaste abrasivo. Por esse motivo é utilizado em usinagem de aços com cavacos longos;

– Grupo M: a avaliação dos metais desse grupo é de que contam com média resistência ao calor e abrasão. Desse modo são indicados para compor aços resistentes à altas temperaturas, aços inoxidáveis e resistentes à corrosão;

– Grupo K: é o tipo de metal duro com menor resistência ao calor, mas, em contrapartida, é altamente resistente ao desgaste abrasivo. A recomendação de uso abrange as seguintes ações: usinagem de materiais com cavacos curtos, metais não ferrosos e materiais não metálicos. 

 

Aplicações do metal duro na indústria

Como visto anteriormente, o metal duro ou widea se destaca por reunir várias características positivas em uma produção fabril. Resistência ao desgaste, vida útil prolongada e dureza, são adjetivos que definem a escolha de uma ferramenta, independente da área de produção. 

Sendo assim, as aplicações do metal são diversas e podem atender os seguintes setores industriais:

 

Alimentícia

Outro segmento atendido pelas ferramentas em produtos essenciais à produção: bicos, sedes, esferas, selos, componentes de moinhos e trituradores de castanhas.

 

Automotiva

O setor automotivo é um dos que mais utiliza as peças feitas de widea, entre elas: matriz para extrusão de eletrodo de velas, insertos para furação de lona de freio, brochas para acabamento de bronzinas, entre outras. 

 

Embalagens

As ferramentas produzidas com o metal duro são destinadas para o corte de embalagens metálicas e de papelão, como, por exemplo, facas, discos de corte e vinco.

 

Madeira, MDF, MDP, HDF e Compensados

Um dos setores mais beneficiados, já que as ferramentas são responsáveis pelo corte de madeiras e subprodutos. Os itens mais populares são: serras circulares, fresas, cabeçotes, brocas e facas. 

 

Metalmecânica

A indústria metalmecânica utiliza brocas, fresas, alargadores, insertos, entre outros equipamentos produzidos com o metal. 

 

Mineração

As ferramentas mais comuns do setor são; pastilhas e botões para brocas de perfuração, além de panelas para moinhos vibratórios.

 

Siderurgia

A usinagem da widea é feita para produção de rolos de laminação, fieiras de trefilação, roletes de guia e ferramentas de fabricação para pregos e arames.

 

Tintas

As peças de metal duro são empregadas na fabricação de pinos de agitação, bicos de atomização e palhetas de misturadores nas indústrias de tintas. 

 

Conclusão

Em síntese, a escolha da widea proporciona vantagens econômicas e de qualidade na linha de produção industrial. Com diferentes possibilidades de usinagens, as ferramentas produzidas reúnem, em diferentes níveis, as características que tornou esse metal um sucesso em diferentes partes do mundo.

No blog da Fibra do Brasil você fica atualizado sobre os principais componentes, equipamentos e materiais disponíveis na indústria de transformação. Acompanhe nossos conteúdos e fique por dentro das novidades. 

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